JIMMY BOSCH
Jimmy Bosch é conhecido em todo o mundo por ser um dos maiores trombonistas do gênero latino. Compositor, diretor e produtor dos seus próprios registros, através da gravadora independente, JRGR Records, Inc.. Pessoas de todo o mundo que seguem Jimmy sabem esperar algo diferente. Sua trajetória é sem dúvida única e irretocável.
OFS - Jimmy, como começou sua vida musical? Se inspirou em quem?
JB - Desde muito jovem, imitando músicos e dançarinos em frente a tv, quando assistia os programas de música. Aos 9 anos, tocava flauta plástica. Toquei também um pouco de guitarra, percussão e canto. Aos 11, comecei com o trombone. Tudo que escutava de mambo, cha cha cha, salsa, sentia profundamente em meu sangue, em meu corpo, em minha mente. 40 anos depois continuo sentindo e vivendo profundamente a Salsa em geral.
OFS - Você ganhou um trombone aos 11 anos de idade. Quem o presenteou? Este era o instrumento que tinha vontade de ganhar?
JB - Ganhei na escola. Me ofereceram. Havia pedido um sax. Só havia trombone. Aceitei e assim começou meu caminho com o trombone.
JB - Quando eu era jovem, era muito apresentado e ia as casas de shows com meu trombone. Um dia, pedi permissão para tocar um solo. Não me importava qual era a banda. Só queria tocar. E foi assim que conheci a banda o Conjunto Libre em 1978. Fui assisti-los em uma casa de shows no Bronx N.Y. Andy Montañez e Manny Oquendo me deixaram subir no palco para tocar um solo. Nesse mesmo ano, Andy me chamou para trabalhar com ele em Paterson, New Jersey.
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Orquesta de Manny Oquendo |
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Jimmy, Oscar D'Leon e Poncho Sanchez |
OFS - Depois da experiência com o maestro Oquendo, você trabalhou com muitas estrelas da música latina. Como foram esses momentos?
JB - Antes da Orquestra Libre, eu toquei com um grupo do Bronx. O Conjunto Alayon. Aí eu conheci Eddie Iglesias e Toti Negron da banda Bobby Rodriguez y la Compañia.
Eu ia as casas de shows tocar com essa banda muitas vezes e pouco a pouco conheci muitos músicos e grupos de Nova York. Eu fui criado em Hoboken, New Jersey, então para eles eu era uma surpresa. Conheci e toquei com Charlie Rodriguez e sua orquestra, Tipica Novel, Orquestra Novedades, Charanga 76, Ray Barreto, Eddie Palmieri, Charlie Palmieri, Cachao, Combinacion Perfecta, Pete el Conde Rodriguez e muitas outras. Acredito que minha paixão sempre foi a de ser solista.
OFS - Em 1998, lançou seu 1° disco como solista, "SONEANDO TROMBON", onde reuniu músicos muito talentosos do cenário latino. Como foi o desenvolvimento desse projeto?
JB - Em 1996 eu conversei com Anna Araiz (produtora), para que me desse uma data em SOBs (Uma das maiores casas de shows em Nova York), onde ela produzia vários grupos. E ela me perguntou: "Com qual banda"? E eu preparei uma lista de músicos que queria que tocassem comigo no primeiro ao vivo. E dessa noite nasceu minha primeira orquestra. 11 de Março de 1996. Com algumas músicas que eu compus e ideias de descargas, eu preparei músicas suficientes para fazer ao vivo.
OFS - Você foi músico, diretor e produtor do primeiro disco. Como foi interpretar o tema " PADRE SOY"? É um tema muito bonito, que fala da vida de um pai com seus filhos.
JB - "PADRE SOY" é uma das minhas composições que vão diretamente as minhas vivências e experiências de vida. Eu cantei essa música neste disco. Meus filhos Jimmy Ray e Gabriel Ruben são o que mais amo nessa vida. Ser pai é algo que me enche de muita paixão, responsabilidade e graditão em minha vida.
OFS - Ainda sobre suas produções, o ultimo disco que lançou foi " A MILLION". Participaram deste disco, músicos de grande sucesso como Mauricio Smith Jr., Edwin Sanchez, Raul Agraz, George Delgado, Wilfredo Otero, dentre outros. Como foi a produção desse projeto? Porque não houve a participação do cantor Ray Bayona?
JB - Faz alguns anos que Ray Bayona não canta com meu grupo. O cantor que hoje me acompanha é Willito Otero. Esta produção é minha quarta produção em que eu compartilho canções de minhas experiências. Canções que falam sobre a dificuldade de relações como " CUANTAS VECES", a crise econômica como "EJECUCION DE UNA HIPOTECA", agradecimento ao público como "MARACAYERO" e um bolero que fala de um amor a minha mãe como "TE ADORO MAMI"...
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Jimmy Bosch e Herman Olivera |
OFS - O que os fãs podem esperar de suas novas produções? Algo novo este ano?
JB - Em 2013 penso em gravar e produzir dois trabalhos. Um com meu Sexteto de Otro Mundo e com minha orquestra completa. A orquestra Jimmy Bosch.
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Jimmy Bosch e Orquesta e Eddie Palmieri |
OFS - Quando teremos Jimmy Bosch no Brasil?
JB - Tão logo eu receba um convite (risos). Para mim seria um privilégio e uma honra poder tocar ao vivo com meu grupo para todo o publico que gosta de escutar e bailar.
OFS - Deixa uma mensagem aos fãs de sua música no Brasil.
JB - Primeiramente um grande abraço a todos os fãs da Salsa no Brasil e a todos que conhecem algo da minha música e trajetoria musical. Obrigado por desfrutar o que documentei em minha vida e jornada musical.
http://www.jimmyboschmusic.com/