terça-feira, 30 de outubro de 2012

Victor Quintana - Venezuela

Salseros de Plantão!!
Mais uma vez a Salsa Venezuelana pede passagem no "O Fino da Salsa". Dessa vez, trago a vocês  VICTOR QUINTANA!!


Nascido nos EUA mas filho de pais Caraquenhos, possui grande talento como cantor, músico e intérprete. 
 Desfrutem!!


OFS - Victor, você nasceu em São Francisco, Califórnia, Estados Unidos mas, é filho de pais nascidos em Caracas. Como recebeu suas primeiras influencias musicais?

VICTOR - Minhas primeiras influências musicais segundo relatam meus pais, foi vendo a Fania All Stars em São Francisco, compartilhando o ventre da minha mãe com meu irmão gêmeo (lamentavelmente faleceu por asfixia com o cordão umbilical). (risos) É estranho comentar isto pois, é um assunto muito íntimo mas, me sinto confiante para comentar. Bem, durante minha infância, meu pai era um veterano colecionador de discos de Salsa que se me lembro bem, a última vez que contei sua coleção de LPs, estava próximo de 1000 discos, sem contar com coleção atual de CDs. Minha mãe é fanática por Boleros, tais como Felipe Pirela, Julio Jaramillo, Sonia Lopez, etc.


OFS - Você é músico, intérprete e compositor. Tem preferência por algum segmento?

VICTOR - Na verdade eu gosto muito de tocar congas e cantar. Faço de forma natural. Como compositor, acredito que é mais por inspiração do que por profissão. 


OFS - Como foi sua experiência de trombonista?

 VICTOR - Foi muito boa, ainda que não me considero trombonista pra nada. É um instrumento que precisa de muita dedicação. Com ânsia de pertencer a uma orquestra abandonei, já que tinha mais habilidade com a percussão e a voz de maneira auto didata. Mas, ainda possuo meu trombone e de vez em quando estudo algumas lições. Não perco a esperança de algum dia poder tocar em algum show.

OFS - Busca inspiração em quais músicos?  

VICTOR - No trombone, minhas fontes de inspiração são Barry Rogers, Jimmy Bosch e Cesar Monges "Albondiga" (fundador e arranjador de sucessos da Orquestra Dimension Latina e muitos do Grupo Niche). Na percussão, sou fã de Giovanni Hidalgo, Robert Quintero, Felipe Blanco (congueiro de Bailatino) e Jimmy Morales. E como cantor, de Porto Rico: Tito Allen, Pedro Brull, Cano Estremera; De Cuba, Issac Delgado, Manolito y su Trabuco, Los Van Van e Pepito Gomez; Da Colômbia, Willy Garcia (ex-cantor do Grupo Niche e Son de Cali); De Nova York, Ray de la Paz e Frankie Vasquez; Da minha Venezuela, Mariana " La Sonera de Venezuela", Trina Medina, Edgar Dolor, Marcial Isturiz, Carlos Sposito e minha fonte de inspiração para ser músico, RODRIGO MENDOZA.

OFS - Participou de dois grupos em Nova York: Conjunto Clasico y Swing Callejero. Conta um pouco desses momentos.

VICTOR - (risos) Ainda há uma confusão sobre esse assunto mas, eu fiz parte do Conjunto Clasico porém, como Auxiliar da Banda, não como cantor. Foram mais de dois grupos: Luis Blazini e sua Orquestra, Papo Pepin e seu Yimbarako, Orquestra La Bola, La Nueva Fragua, Latin Conection, Raulin Rosendo, etc. Foram todas experiências maravilhosas. As que foram amargas, me fizeram crescer como músico e como pessoa para conseguir um pouco do que tenho até agora. Me tornei músico estando em Nova York.   



OFS - Em 2009 decidiu seguir carreira solo. O que aconteceu? Como foi escrever os temas do CD "PA QUE BAILEN"?

VICTOR - Bom, na verdade o disco saiu ao mercado em Dezembro de 2008, no mesmo ano que fiz minha primeira gravação com a Orquestra Swing Callejero. Enquanto gravava com Swing Callejero, estava trabalhando meu disco aqui na Venezuela e em Nova York. Fiz porque sentia a necessidade de por um grão de areia representando minha Venezuela na cidade de Nova York, já que o mercado musical é dominado de alguma forma pela comunidade porto riquenha, Cubana e Dominicana. Foi então que disse a mim mesmo "tenho que ressaltar o talento e a qualidade da nossa salsa venezuelana". Assim, convidei meus amigos, gente que admiro como músico e como pessoa, para trabalhar no meu disco. Hoje em dia, graças a essa qualidade humana e talento que cada um deles contribuiu  na minha produção, é que existe "Victor Quintana" no mundo da Salsa!


OFS - E a história da música "Para mi tierra"? Há outra música que aqui no Brasil toca muito: "La Salsa de hoy y ayer". Participaram desta música dois grandes intérpretes: Rodrigo Mendoza e Wilmer Lozano. Como foi produzir e gravar essa música com duas referências da interpretação?

VICTOR - O Tema "Para mi tierra" foi simplesmente a expressão do que se sente ao sair da terra onde foi criado e sentir falta dos costumes, da gente, do cheiro, da gastronomia, etc. Em "Salsa de hoy e de ayer", participaram 3 grandes intérpretes. Além de Rodrigo e Wilmer, tivemos o maestro Edgar Dolor (que gravou um tema em Português com o Grupo Bailatino chamado "Donde estará Margot"). Nessa música, expressei a visão do que estava ou que está passando com a Salsa de hoje, pedindo conselhos a Salsa de antigamente e aos 3 grandes interpretes que hoje são instituições da Salsa em meu país. E como aconteceu? Como posso dizer...Nos encontramos no estúdio de Oswaldo Lezama (sax baritono da Orquestra Los Adolescentes), junto com o maestro Alberto Crespo (ao qual agradeço pelo som e pela produção da minha orquestra). Originalmente compus o tema para cantar com meu ídolo Rodrigo Mendoza. No dia da gravação os três foram gravar os coros do disco e ao escutarem a música, gostaram muito. Alberto perguntou se todos poderiam interpretá-lo juntos. Logo disseram "vamos meter a mão"!! E eu não acreditei!! Estava tão nervoso juntos a eles que não conseguia nem cantar. Gravei minha parte da música no dia seguinte. Mas a experiência e o apoio recebido foi e seguirá sendo...INESQUECIVEL!!!


OFS - Victor, o que pode dizer sobre o cenário mundial da Salsa atualmente?
Bom, ao meu ver a Salsa sofreu em sua raíz com o booom do reggaeton, assim como sofreu nos anos 80 com o merengue (claro que eu ainda era muito pequeno rsrsrs). A pirataria também nos afetou muito já que hoje não existe uma industria musical como tal, para os novos talentos. Agora, cada qual faz um grande sacrifício para gravar um disco, o qual se torna bem dificil diante da economia atual. Também considero que a Salsa de hoje em dia perdeu o norte, se descuidou ao BAILADOR. A maioria quer cantar ou gravar romântico sem Sabor, o que em Porto Rico chamariam de "Salsa Monga"e figuram como solistas. Mas também, se destaca uma onda de boa música, salsa underground como Los Rumberos del Callejon, Sabadonga, Bailatino, etc, que graças a muitos DJs conscientes procuram conhecer pessoas como por exemplo VOCÊ!! (risos). Quem diria que minha música tocaria no Brasil. Seguirei lutando pelos meus sonhos e nossa música latina!   



OFS - O que podemos esperar das novidades de Victor Quintana?   

Agora estou em Pré-produção do meu novo disco, compondo temas e fazendo uma árdua investigação da música latino americana para criar versões. Gostaria de receber sugestões de músicas brasileiras. Estou também em busca de letras originais com as quais poderei me identificar ou considere possível de executa-la ao meu estilo. Mas, para o ano que vem, com a permissão de Deus, escutarão pelo menos um single de Victor Quintana. Prometo!!  
       

OFS - Quando teremos você no Brasil?    

VICTOR - Se quiser vou agora!!! (risos). Vocês como público serão encarregados de realizar meu sonho de ir cantar ao vivo com minha orquestra, entregar minha música, coração e energia. Vontade de conhecer sua terra e desfrutar da riqueza musical tão extensa que possuem. Como diz a música: "A LA HORA QUE ME LLAMEN, VOY!!!"


OFS - Deixa uma mensagem aos Salseros que bailam ao som de suas músicas.
VICTOR - Que continuem bailando com o coração, que nunca parem a rumba e que peçam aos gritos Victor Quintana que chegarei para pôr todos a bailar SALSA BUENA!!! (risos)

Sobre o trabalho de Victor Quintana acessem:
 http://www.myspace.com/vqpaquebailen
ou
 Victor Quintana
 







sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sonora Ponceña Lança "SINGLE" em homenagem a Quique Lucca

SALSEROS DE PLANTÃO !!!
Uma bela surpresa musical acaba de chegar!
O novo "single" da nova produção discográfica de uma das orquestras mais renomadas no mundo da Salsa:  
SONORA PONCEÑA.
  
Intitulada "Los Zapatos de mi Viejo", música dedicada a Enrique Quique Lucca Caraballo, fundador e dono da Sonora Ponceña, que completará 100 anos numa data que os numerólogos se saboreiam: 12/12/2012.
A composição teve autoria de Manuel Rivera Cátala. Tem os arranjos musicais de Nelson Jaime Gazú e claro, de Papo Lucca (filho de Quique, pianista e diretor da Sonora Ponceña). Com trompetes radiantes e um "Quatro" porto riquenho dar um ar típico ao tema.

"Su andar se ha tornado lento, pero no suelta la rienda, quien soy yo para calzar los zapatos de mi viejo...."

"Seu andar se tornou lento, mas não solta a rédea, quem sou eu pra calçar os sapatos do meu Velho..."
Quique Lucca
                        

Tema totalmente emotivo!! Acredito que irá marcar pela mensagem que chega ao coração. Grande homenagem a Quique Lucca e a todos os nossos pais. Tratemos de ser a cada dia pessoas melhores, para que sejamos o orgulho de todos eles.




Cantam: Héctor "Pichie" Pérez, Danny Dávila, Darvel García e Edwin Rosas